Os álbuns de fotografia de Vilnius

CORES1

CORES2

PRETO & BRANCO

SEPIA


Patins de Gelo

Algum dia haveria de me estrear a deslizar encima de uns patins de gelo. Pois, aconteceu esta semana, finalmente! Com o lago da “minha família lituana” congelado e um monte de pares de patins disponíveis, eu e 3 das crianças enfrentámos o frio e saímos à rua para nos divertirmos. Para eles, apesar de muito divertido, patinar no gelo é um entretenimento claramente banal. Não me surpreendi portanto com a sua destreza a patinar com enorme velocidade, a rodopiar, a  saltar… tão fácil como respirar, intuitivo como dar pontapés numa bola e fintar adversários para uma criança brasileira! 🙂

Nos primeiros momentos fiquei muito focado no equilíbrio, devido à possibilidade (imensamente indesejada) de torcer uma articulação ou partir um qualquer osso. A ideia de se deslocar sobre 2 barras de metal com apenas 3mm de espessura não é de todo intuitiva, fazendo com que o corpo se sinta um pouco perdido no começo. Felizmente tinha a companhia das crianças que durante algum tempo me seguraram as mãos ajudando-me a movimentar enquanto me ensinavam e explicavam o que fazer. Menos de uma hora depois, quando já tinha ganho confiança, preparei-me para o facto de vir a cair muitas vezes e tomei a liberdade de ganhar velocidade, deslizar, curvar e até mesmo jogar “à apanhada” com eles. E sim,  as quedas começaram a aparecer!

Embora aborrecido para quem tenha boa prática a patinar no gelo, para um iniciante como eu, a camada de 15cm de neve foi literalmente uma bênção caída dos céus, pois garantiu-me muito mais estabilidade e equilíbrio nos movimentos e permitiu-me mais suaves quedas sobre o gelo. Estas são algumas das vantagens de patinar num lago gelado em vez de o fazer num recinto desportivo fechado! Mas há mais: que magnífica sensação de liberdade patinar sobre o gelo rodeado por uma floresta pintada de branco e um pôr-do-sol vermelho “queimando” a neve e os seus cristais de gelo com indescritíveis e imensamente brilhantes reflexos! Um dia a não esquecer… 🙂


Bibliotecas e Pavilhões

Para mim é difícil de aceitar que uma vila como Ribamar, com mais de 2000 habitantes, não tenha biblioteca. Tão difícil que à 10 anos atrás tentei junto com uma amiga minha  criar uma, mas a malta que por lá governava na altura não quis, mesmo com a nossa garantia que chegariam livros OFERECIDOS pela Fundação Calouste Gulbenkian, caso o Presidente da Junta de Freguesia apenas ASSINASSE os documentos já preparados…

O que é que esta história tem a ver com a Lituânia!?!

Felizmente, para a Lituânia, nada! Se em Portugal se recusam ofertas de livros, aqui criam-se bibliotecas em todo o lugar que haja vivalma e, quando os dinheiros públicos não apareceram ou quando as circunstâncias históricas foram adversas, o povo pelas suas próprias mãos construiu bibliotecas e com as suas economias privadas adquiriram livros para o bem comum! Não é portanto de admirar que mesmo uma aldeola como esta onde me encontro agora, Ambraziškiai, embora habitada por apenas 200 pessoas, tenha uma biblioteca que faria inveja a muitas vilas portuguesas… Subindo um pouco a escala, para 750 pessoas, posso vos dar o exemplo da bela e paradisíaca Marcinkonys. Tem uma biblioteca bem interessante e mais, um centro cultural!

Para encontrar uma biblioteca perto de Ribamar, teria de me deslocar à sede do concelho: a Lourinhã, vila com 8800 habitantes. Além da biblioteca, podem se encontrar várias papelarias, mas (julgo eu) nada a que se possa chamar uma verdadeira livraria. Moletai, cidade do interior lituano, com 7200 habitantes, tem uma excelente biblioteca, e embora seja quase impossível encontrar um bar ou um café, é fácil dar de caras com uma livraria.

Passando dos livros à bola, ao desporto em geral, Moletai volta a surpreender, pelo menos a mim que cresci em Ribamar. Na minha terra temos um pavilhão desportivo, é verdade, construído graças às muitas doações dos seus habitantes e às receitas de festas populares cuja mão-de-obra gratuita sempre é do povo que lá vive. Construído pelo povo, para o povo e com o dinheiro do povo, era de esperar que fosse gratuito para toda a gente, pelo menos para os locais. Mas a verdade é que dos meus tempos de adolescente lembro-me de preços de aluguer que não poderia de forma alguma suportar, e entrada gratuita apenas para os “meninos bonitos” da terra, que é como quem diz, os filhos do senhor que absurdamente tem o seu nome escrito no lugar onde deveria estar  Pavilhão “do Povo de Ribamar”… Quanto a Moletai, 3 pavilhões, dois remodelados e um novo, todos públicos e de acesso gratuito, mesmo de noite com iluminação artificial e no Inverno com aquecimento central ligado, e não só para os locais mas também para qualquer lituano ou mesmo um estrangeiro. Não acreditam? Pois bem, eu e malta amiga decidimos ir jogar voleibol… e fomos! No inverno, à noite, um português, juntou-se a amigos, a amigos  de amigos e a quem mais se quis juntar, e a diversão GRATUITA aconteceu…

Ter acesso a instalações desportivas gratuitas parece difícil de acreditar e, para o passivo povo português, uma miragem impossível de alcançar. Mas vejamos, se aqui é possível, porque não em Ribamar!?! Afinal, é-nos dito que vivemos num estado social, um sistema no qual se pagam impostos (elevados)  e do qual se recebe (ou se deveria receber) regalias sociais. Logo, garantida uma eficiência e transparência mínima na gestão dos dinheiros públicos, por certo que haveria dinheiro para pagar as contas e a manutenção de um pavilhão que ainda por cima foi pago não com dinheiro de impostos  mas sim pela boa-vontade e sacrifício dos seus habitantes.

 


Geografia Humana

A disposição com que se constroem casas, ruas, vilas ou mesmo cidades parece ser um dado adquirido para toda a gente, quer em Portugal, que na Lituânia. Ninguém ousaria supor que numa mesma e pequena Europa houvessem grandes divergências neste aspecto, mas hão!

PORTUGAL

Vou pegar num exemplo perfeito, o concelho da Lourinhã e a vila de Ribamar, onde nasci e vivi muitos anos. Neste concelho não existem cidades, apenas 2 vilas e muitas aldeias. Quem atravessar as estradas do concelho pode facilmente constatar que as aldeias ou os ajuntamentos de casas florescem ao redor das margens destas, como consequência natural da existência de uma nova estrada que liga 2 pontos. Sendo assim toda e qualquer aldeia ou vila têm o seu centro junto à estrada principal, assim como a maior concentração de pessoas encontra-se precisamente aí. A consequência social é o elevado grau de interacção entre as gentes de aldeias vizinhas, ou mesmo a interacção com forasteiros de passagem. Não é portanto de admirar que as pessoas comuniquem muito por estas bandas, que se conheçam relativamente bem, que hajam muitos cafés e bares ao redor dessas estradas. E vendo da perspectiva contrária, por serem os povos latinos mais comunicativos e festivos que os povos bálticos, parece existir dentro destes a necessidade de criar uma geografia humana que facilite a interacção social.

LITUÂNIA

Na Lituânia constata-se precisamente o contrário: a busca pelo isolamento, um menor grau de comunicação e interacção entre vizinhos ou aldeias vizinhas. E como é que se obtém tal isolamento? Em primeiro lugar, é fácil de perceber que as aldeias e vilas foram na sua maior parte construídas antes das estradas que as ligam, e sem o mínimo interesse em criar ligações directas de aldeia para aldeia. O resultado é insólito para um português. A maior parte das aldeias são muitíssimo pequenas comparadas com as portuguesas, e para se entrar numa à que sair da estrada principal! O que quero dizer é que as estradas principais não atravessam as aldeias ou vilas (e mesmo as cidades, expecto as maiores e principais). As estradas são quase todas linhas rectas perfeitas, com inúmeras ruelas de ambos os lados para fazer a ligação às aldeias, mas casas junto às estradas principais são uma verdadeira raridade. Mesmo ver as aldeias e vilas é difícil, pois a planície lituana esta repleta de floresta, não havendo visibilidade para mais nada. Conclusão, apenas entra numa aldeia ou vila quem de facto tem a intenção de visitar uma em específico, caso contrário, entre a origem e o destino, apenas se vê asfalto e árvores… As consequências na vida de quem nelas vive é óbvia. Muito pouca interacção com os vizinhos e estupefacção quando dão de caras com um forasteiro! Cafés ou bares? Claro que não, só nas cidades e são raros, pois os habitantes não têm grande predisposição para frequentar tais ambientes, e na completa ausência de visitantes, este tipo de negócio torna-se impraticável! Um aspecto prático: na minha vila, Ribamar, se alguém quiser apanhar um autocarro, basta sair à rua e deslocar-se até à paragem mais próxima. Aqui na Lituânia, como as estradas principais não passam dentro das aldeias e vilas, quem quer apanhar um autocarro tem que percorrer a ruela que liga à estrada principal (0,5km, 1km, 3km), onde sempre se encontra um banco e um sinal de paragem de autocarro junto à tabuleta que indica o nome da localidade…


Sūrelis

Sūrelis… A primeira vez que me deram a provar “esta coisa”, desconfiei e hesitei em provar devido ao seu aspecto pouco amigável para a minha pessoa: uma barra coberta por uma fina camada de chocolate,  com “algo” branco de aspecto cremoso (logo eu que não gosto de cremes, chantillys, natas nem nada que se pareça) dentro. Perguntei se era algum tipo de creme, disseram-me que não. Depois, mais animado por constatar que o sūrelis tinha saído do frigorífico, perguntei se era gelado. Também não, “o melhor é provares”…

E bom, o sūrelis é feito a partir de queijo fresco misturado com açúcar e com algo para lhe dar um sabor e cor específica, e depois coberto com chocolate. A variedade é imensa, natural (o tal branco), morango, banana, chocolate, tiramisu, baunilha, café, framboesa…  Para mim são quase sempre muuuuuito saborosos, com uma consistência a meio caminho entre queijo fresco comum e  gelado, bem refrescante mas menos que um gelado, doce mas não em demasia… Em resumo, a guloseima/sobremesa perfeita! Também no preço: entre 10 a 40 cêntimos de euro. Pelos vistos, também com o sūrelis, “primeiro estranha-se, depois entranha-se”:

Tradução literal: “queijinho”.


Compotas, Conservas e Carne Fumada!

Nos primeiros tempos aqui na Lituânia surpreendia-me constantemente com a quantidade de comida conservada através de métodos tradicionais, não só nas casas de amigos e couchsurfers que visitei, mas também em qualquer loja, supermercado ou mercado de rua. Há um pouco de tudo, uma imensa variedade de carnes fumadas (mas os enchidos, comuns em Portugal, são fracos em variedade e qualidade), peixe e lulas fumados, uma variedade enorme de vegetais conservados em vinagre ou com água e sal (pepino, por exemplo), frutos cristalizados, conservados em água e açúcar ou em compota, e muito muito mais.

É verdade que produtos semelhantes ou mesmo iguais existem em Portugal e na Europa do Sul, mas por certo não com a mesma quantidade e variedade, nem tampouco utilizados com a mesma frequência. A mim causava-me espanto comer pepinos conservados em vinagre em pleno verão, por exemplo, quando se poderia colher frescos do quintal ou trazer do mercado, mas a verdade é que os lituanos parecem gostar ou pelo menos estar muito habituados a comer alimentos conservados.

A minha incompreensão sobre tal comportamento persistiu até ao Outono, quando comecei a aperceber-me que toda a gente andava a colher subitamente tudo o que produziram, e não gradualmente, como acontece em muitos casos em Portugal. A razão? O frio, o frio ainda por vir e as temperaturas negativas que impossibilitam todo e qualquer tipo de cultivo.

Dadas estas condições, é fácil compreender o porquê de tantos e tão variados métodos para conservar comida. Foram, em tempos, técnicas e processos essenciais à sobrevivência da espécie humana nestas latitudes. Hoje, embora até morangos se possa comprar no supermercado durante o Inverno, estes métodos de conserva são tradições bem enraizadas na culinária local ao ponto de haver pratos tradicionais cujos vegetais são obrigatoriamente de conserva. Portanto, hoje, mais que uma necessidade física premente, é um hábito,  é uma forma de estar, conservar e comer alimentos conservados…


A República de Užupis

Užupis é um excêntrico e alternativo bairro de Vilnius, cujo nome significa literalmente “do outro lado do rio”, do rio Vilna que deu nome à cidade de Vilnius. É um local de encontro de artistas e mentes que divergem do mainstream sócio-cultural. Por incrível que pareça, esses mesmos artistas frequentadores habituais de Užupis decidiram em 1997 proclamar a independência da República de Užupis (Užupio Respublika), à qual não falta  até exército (12 elementos segundo consta) e uma muito peculiar Constituição.

Como fica a meio caminho entre o centro histórico de Vilnius e a zona onde vivo, 99% das vezes que saio à rua atravesso a “república” de ponta a ponta, descobrindo a cada passagem novos e surpreendentes pormenores, desde lindos grafittis esquecidos nas traseiras de um edifício, canteiros coloridos feitos de pedaços de pneus de automóvel pintados, uma janela com cortinado mas sem vidro, uma representação mais do animal da república (um gato), um rua escondida e completamente perdida no tempo…

 

Os meus locais preferidos na república são: o Centro de Incubação Artística e o bar Stopke na margem do rio Vilna, a degrada rua dos grafittis, a praça com a estátua do Anjo de Užupis (eu chamo-lhe “a capital”), o Jardim do Tibete e a ponte dos cadeados.

 


Outra visita inesperada

À uns dias atrás recebi um couchsurfer polaco em minha casa. O seu nome é Maciej.

Um jovem muito culto e interessante, cheio de vontade de explorar a cidade de Vilnius, e muito bem organizado, tinha preparado bem o “trabalho de casa”, ou seja, tinha investigado o bastante sobre a cidade antes de vir, permitindo-lhe optimizar o seu tempo na descoberta dos locais mais interessantes. Graças à sua pesquisa e preparação, também eu tive o prazer de descobrir interessantes locais em Vilnius até então desconhecidos por mim, uma vez que me juntei a ele nas suas caminhadas.

Agora o inesperado da questão: numa das muitas conversas que partilhámos, Maciej confessou-me que meses atrás, quando pesquisava no google por blogs de viagens, tinha descoberto o meu blog Baltic Trip 2010 e que o seguia com frequência. No entanto, quando me fez o “couch request” não fazia a mínima ideia que era eu o autor do dito blog. Apenas mais tarde, quando respondi afirmativamente ao seu pedido, é que ele pesquisou o meu perfil no couchsurfing e descobriu que era eu o autor.

Para mim foi um momento único quando descobri que estava pela primeira vez perante um verdadeiro desconhecido leitor do meu blog! Até então os únicos leitores que conhecia eram meus amigos, pois claro… 🙂


A costa lituana

A costa lituana, embora pequena comparada com a nossa imensa costa portuguesa, consegue-nos surpreender pelo seu exotismo e pela sua inesperada paisagem. A minha primeira visita à costa lituana aconteceu em 2005, quando fui apanhado de surpresa pelas encantadoras dunas de Neringa, que se encontram no meio de um longuíssimo cabo, onde também se pode encontrar floresta, refúgios de aves selvagens, e muito boas praias.

FOTOS DE 2005

Em 2010, com mais tempo disponível, voltei a visitar os mesmos locais de 2005, mas também aproveitei para descobrir outras maravilhas da costa Lituana, como Olando kepurė (perto de Karklė) e as suas árvores andantes, a meio caminho entre Klaipėda e Palanga. Palanga é o principal destino turístico de verão para os lituanos, com imensos areais e muitas diversões disponíveis, mas demasiado turístico e barulhento para o meu gosto. Embora não tenha praias, Klaipėda é para mim uma cidade mais interessante e a terceira maior do pais. Bonita zona histórica, gente simpática e um muito activo porto comercial, responsável por 5% da economia lituana. E o melhor de tudo: a vista para a lagoa  (espelho de água diria eu) resultante do imenso cabo onde se encontra o deserto de dunas, e a possibilidade de ai apanhar um ferryboat para o dito cabo. No cabo, destaco sem dúvida as belas vilas de Juodkrantė e Nida com as suas exóticas casas tradicionais da costa lituana, as imensas praias de ambos os lados do cabo, a floresta no meio onde se encontram refúgios de vida selvagem e, claro, as já referidas dunas.

Gostava ainda de destacar duas vilas que se encontram do lado interior da lagoa, Ventė, um refúgio de aves migratórias (e de estudo das mesmas) e a magnífica vista que se pode usufruir a partir do seu farol;  a outra é a inesperada Minija, uma pequeníssima vila de casa tradicionais de tal forma repleta de canais que é apelidada de Veneza lituana pelos seus habitantes.

Kerklė                                            Palanga                                         Klaipėda

Ventė                                              Minija                                            Juodkrantė-Neringa


Eles queixavam-se do calor, eu queixou-me do frio…

No Verão, em Agosto, costumava ir jogar vólei de praia para o Parque Europa em Vilnius.

O tempo estava excelente, quase sempre céu limpo, temperaturas a rondar os 30ºC, gente simpática, condições excelentes para a prática desportiva, enfim, uma situação perfeita… Os dias iam passando e o calor ia aumentando, até começar a ultrapassar os 35ºC, e eu todo contente, pois claro, já dizia que estava a ser presenteado com o “2 em 1”, calor português e exotismo da lituano ao mesmo tempo…

Um dia, como sempre, apareci por volta das 3 da tarde para vir jogar vólei, mas em vez de haver “fila de espera” para entrar em campo, não havia vivalma a jogar voleibol! Estavam 39ºC, fui passear, voltei 2 vezes, ninguém. Já depois das 5 da tarde voltei uma última vez, e quando já desesperançado me preparava para ir para casa, algumas caras familiares apareceram. Perguntei-lhes o motivo de toda a gente ter desaparecido e Vilnius parecer uma cidade fantasma, logo num dia tão belo, quente e encantador? Simples, os lituanos estavam a esconder-se do calor em casa, ou partiram para a costa, ou ainda, foram para o lago mais perto, responderam-me eles…

Anteontem, com -13ºC, 90% de humidade e vento forte, seria de esperar encontrar qualquer cidade do mundo deserta. Mas não, enquanto atravessava Vilnius caminhando na direcção dos estúdios de televisão da LRT, e apesar do frio incrivelmente intenso,  constatei que a cidade estava cheia de gente a caminhar em todas as direcções, a entrar e sair de edifícios, a beber na rua, apanhando autocarros ou trams… quanto a mim, desde que as temperaturas baixaram o nível de -10ºC deixei de sair à rua com frequência.

Pois é, eles fugiam do calor, eu fujo do frio…

A MINHA CASA EM VILNIUS